quarta-feira, 8 de julho de 2015

Brincadeira Pula Divertido por Sabrina Gomes

 Texto retirado na íntegra da página do face Céu Azul




Sugestão de uma brincadeira para crianças que gostam de pular na bola!!!

PULA DIVERTIDO

Interesse:

Movimentos corporais exagerados, estímulos corporais de forte e leve pressão, bola de pilates, suspense, pular.



Meta principal:
Comunicação verbal - Palavra Isolada.
Atenção compartilhada de 6 minutos ou mais.

Ação motivadora (o papel do adulto):
Ajudar a criança pular na bola de pilates.

Solicitação (o papel da criança):
Falar a palavra "PULA".

Preparação da Atividade:
Separe uma bola de pilates para brincar com sua criança.

Estrutura da atividade:
Ao receber um sinal interativo de sua criança, iremos convida-la de forma animada para pular na bola. De forma entusiasmada o adulto irá sentar-se na bola e pular intensamente. Enquanto estiver pulando na bola, fale de forma cantada a palavra PULA, faça uma pausa na sua ação de pular e veja se sua criança demonstra interesse em pular. A criança aceitando o convite para subir na bola, iremos ajudá-la pular intensamente segurando em suas mãos ou sentada com você a sua frente na bola. Durante a ação motivadora fale para sua criança de forma cantada a palavra PULA. Quando falamos a palavra PULA, estamos modelando para a criança seu papel na interação, ou seja, estamos dando um exemplo do que pediremos para ela tentar fazer nos próximos ciclos da brincadeira. Ao oferecer por alguns momentos a brincadeira de pular, iremos pausar nossa ação e parar de falar a palavra pula. Observe os sinais interativos que sua criança oferece para continuar a brincadeira (olhar nos seus olhos, tocar em você, puxar seu braço, um som ou tentativa de falar a palavra pula). Comemore este sinal de interação e inicie novamente a ação motivadora, modelando a palavra PULA. Exemplo: "Que lindo seu olhar, acho que você está me olhando para continuar o PULA". 
Se a sua criança estiver fazendo sons, mesmo que não seja parecido com a palavra modelada, iremos comemorar muito este som e oferecer para criança a descrição X para Y, exemplo: "Você fez 'hm' que lindo, acho que é um som para continuar o PULA" ou " Que som fantástico, 'na' para pula" e ofereça a ação motivadora. Caso sua criança comece a falar uma aproximação da palavra "puia" para pula, comemore e faça a descrição para que ela perceba a maior aproximação que fez da palavra, intensifique mais a ação e faça por um maior tempo a ação motivadora do pular.

Variações: 
Experimente variar a sua voz durante a modelagem, fale cantando, sussurrando, volume de voz agudo, volume de voz grave, imitando um personagem favorito de sua criança. Divirta-se falando a palavra PULA para sua criança, inspirando a criança a falar cada vez mais.

Se no seu ambiente de brincar tiver um espelho, você poderá brincar de frente para ele com sua criança, irá facilitar o contato visual e a criança poderá olhar para sua boca enquanto você modela a palavra PULA.
Para ajudar aumentar o período de atenção compartilhada, você poderá fazer a criança pular na bola de forma rápida e devagar. 
Antes de fazer a pausa, podemos oferecer um estímulo calmante, como uma massagem no corpinho da criança, deitá-la na bola, sempre com a permissão dela.

Você pode escrever a palavra pula no espelho, ou em um papel e mostrar visualmente a palavra PULA para criança.
Enquanto modelamos a palavra pula, você poderá oferecer um estimulo sensorial como apertar a criança duas vezes, bater palma duas vezes, mostrando que a palavra PULA tem duas sílabas, dois sons.

Se a sua criança gosta da turma da Peppa, você pode fazer uma poça de lama com um colchão. E pular da bola para o colchão em cima da poça de lama. Splash!
Por Sabrina Gomes

Pais e Terapeutas - Capítulo 1 – Ensinando a criança autista a falar por Fatima de Kwant

Texto retirado na íntegra do Autimates


Pais e Terapeutas - Capítulo 1 – Ensinando a criança autista a falarpor Fatima de Kwant



INTRODUÇÃO

Muitos pais de crianças com necessidades especiais, como é o caso das autistas, desconhecem seu poder como fonte inesgotável no desenvolvimento de seus filhos.
Nosso mundo moderno conta com inúmeros recursos voltados para a estimulação e avanço comportamental destas crianças. Existem muitos métodos e terapias comprovadamente bem-sucedidos, aplicados por profissionais competentes, visando a evolução social, emocional e cognitiva do grupo que forma o Transtorno do Espectro Autista (TEA). No entanto, nem sempre os pais podem fazer uso de tais terapias, seja por razões financeiras ou por falta de especialistas na área onde residem. Seja qual for a causa, os pais devem saber que existe um plano B: ser o próprio terapeuta de sua criança autista.  Em países europeus e no Estados Unidos não é incomum que pais tornem-se terapeutas dos próprios filhos. O fato não é regra, mas tampouco exceção.
Independente da viabilidade, ser terapeuta do seu filho/a pode ser, talvez, a experiência mais eficiente para o seu desenvolvimento.

Existem vários métodos como Son-Rise, Growing Minds, Floortime (Greenspan) e outros que têm como base o joint attention (atenção compartilhada), que ensinam os pais a serem os terapeutas de seus filhos. Tais terapias demonstram ser eficazes, sendo seguidas por milhares de famílias por todo o mundo. Nem sempre estes cursos são acessíveis, porém. A distância dos lugares onde tais cursos são ensinados e o preço que custam, podem tornar inviável o seguimento dos mesmos.
Mas nem tudo está perdido. Pais que queiram (e possam) trabalhar com seus filhos em casa, podem faze-lo. O conhecimento total da criança é sua maior vantagem.

Se o pai ou a mãe de uma criança autista deseja tornar-se seu terapeuta:
-       Comece lendo tudo sobre autismo, principalmente sobre o tipo de autismo com o qual seu filho foi diagnosticado;
-       Tenha em vista que será necessário uma boa dose de disciplina. Encare como um compromisso a ser cumprido;
-       Seja paciente, não espere milagres;
-       Seja consistente, estabeleça regras para seu trabalho e siga-as;
-        Parta do princípio de que com autismo TUDO é possível e NUNCA é uma palavra que não se deve usar;
-       Seja determinado, não desista facilmente.



 Iniciando uma série de artigos exclusivos, Autimates vai abordar temas dirigidos aos pais de crianças especiais, fazendo comentários ou dando sugestões para que possam, eles mesmos, estimularem o desenvolvimento de seus filhos quando queiram ou quando haja possibilidade das crianças serem acompanhadas clinicamente.

Inaugurando a nova categoria:

PAIS E TERAPEUTAS – ENSINANDO MEU FILHO A FALAR

 “O meu filho vai falar?”...”Quando meu filho vai começar a falar?...” Duas perguntas bastante comuns entre os pais de crianças autistas.

 Se a criança não tem um problema de ordem fisiológica, que a impeça de produzir sons, ela está em estado de falar. Isso significa que deverá ser feito um trabalho de acompanhamento intensivo, com vistas à estimulação da fala.
Antes de faze-lo, porém, há necessidade de fazer um planejamento a fim de alcançarem o objetivo final – linguagem verbal.
-Que palavras quero que aprenda?
-Quantas palavras devo/posso ensinar por sessão?
-Quantos dias na semana devo trabalhar a fala do meu filho?

QUE PALAVRAS QUERO QUE APRENDA?
Ao contrário das crianças neurotípicas, a criança autista se desenvolve de um modo diferente. Nem sempre suas primeiras palavras são “mamãe” e “papai”. Muitas vezes ela nomeia, primeiramente, objetos dos quais goste muito, por exemplo, “carro”, “suco”, “chips”, etc.
Pais não deveriam importar-se demasiado com o vocabulário. Lembrem-se que a criança está tentando cooperar, ordenando as palavras (primeiramente em seu cérebro) de um modo que, talvez, seus pais ainda não compreendam.
O intuito de falar, nesta primeira fase,  deve ser mais importante do que as palavras. Portanto, se a criança é totalmente não verbal, inicie a terapia estimulando sons. Pode ser em forma de uma canção, de ritmos (piano, violão, bateria de brinquedo, etc.).
Numa segunda fase, estabeleça as palavras que são muito importantes no seu dia-a-dia. Seja claro. Fale devagar. Use frases curtas, ou somente a palavra que quer ensinar, fazendo uso de uma imagem desta mesma palavra. Seja literal.

                                 

QUANTAS PALAVRAS POSSO/DEVO ENSINAR?
As crianças autistas levarão, provavelmente, mais tempo de aprendizado de linguagem do que as crianças com um desenvolvimento natural. As palavras que irão aprender, primeiramente, terão um sentido funcional para ela. Ao contrário das neurotípicas, que repetem todas as palavras que seus pais pedem (imitação/interação social), as crianças autistas tendem a pronunciar palavras que tenham um significado prático para elas, ou que lhes atraia por alguma razão. Só que este processo pode ser demorado.
Há crianças que repetem o que lhes é dito, imediatamente, mas sem noção do significado ou sem a finalidade da interação social. A isso chama-se ecocalia. A ecocalia não tem função comunicativa e pode ocorrer, inclusive, horas depois da criança ter ouvido uma palavra, frase, ou até versos de uma canção. Encare a ecocalia como prática verbal, sem ansiedade. Durante esses momentos de ecocalia, lembre a criança do momento em que foi originalmente falado e faça-lhe um cumprimento. Mesmo que a criança não compreenda o que é dito, ela vai sentir a emoção positiva do seu elogio e, talvez, associá-lo com a fala. O processo de falar deve ser uma experiência positiva para a criança.
As crianças autistas raramente irão imitar a palavra pedida por seus pais, do jeito que as neurotípicas fazem. Ao contrário, tendem a aprender uma palavra para conseguirem o objetivo que desejam. Por exemplo: a criança que quer comer um determinado tipo de biscoito, pode aprender a falar o nome do biscoito, mas usar a mesma palavra toda vez que quiser comer outro alimento também. Nesse caso “biscoito” equivaleria a “comer”.
Pais devem ensinar às crianças poucas palavras de uma vez, anotando todas as que seu filho demonstrou interesse em repetir. O interesse é a porta para o aprendizado.

QUANTOS DIAS NA SEMANA IREI TRABALHAR A FALA COM MEU FILHO?
Quantos puder. Quanto mais intensa a terapia da fala, melhor. Lembrando, claro, de nunca cansar a criança, a ponto dela não mais querer aprender.
A terapia deve ser um momento de prazer para a criança e seus pais. Deve haver objetivos a serem alcançados, disciplina a ser mantida, mas também muito contentamento nessa hora de interação.
Se seu filho demonstrar não ter vontade alguma de aprender, permita-lhe um tempo. Deixe que brinque mais, faça o que quiser, contanto que permaneça no local previamente escolhido como o espaço de aprendizado.
Tente ensina-lo a falar deste modo consistente ao menos 3x por semana, durante ao menos uma hora por vez - levando em conta que os períodos de terapia sejam intercalados com momentos de brincadeira.
Caso conte com acompanhamento fonoaudiólogo, aplique em casa o mesmo que a criança pratica na sessão clínica. Trabalhe em conjunto com seu terapeuta, caso haja um (ou mais).
Por exemplo: segunda e quinta a criança tem fonoaudiologia. Trabalhe com ela em casa na terça, quarta e sexta, usando as mesmas técnicas do profissional, intercalando com brincadeiras de que mais goste (fazer cócegas, desenhar, montar um quebra-cabeça, etc). Intercale brincadeiras com aprendizado.


 
COMO TORNAR EFETIVO ESTE MOMENTO DE APRENDIZADO EM CASA
O lugar onde toda criança gosta de estar, é em casa e, de preferencia, com seus pais – aqueles que melhor lhe conhece.
No entanto, para fazer com que o tempo de terapia da linguagem no lar seja eficiente, existem algumas sugestões que podem ajudar:
-Faça a terapia 1x1, ou seja, um adulto interagindo com a criança. O autista precisa de foco e isso é mais fácil quando está só com o pai, a mãe ou até um irmão/irmã capaz de ajudar neste processo terapêutico;
-Faça uso de um só local dentro de casa: um quarto, um canto tranquilo da sala, e mantenha ali o menor número de móveis e objetos possível. Não favoreça à criança que saia correndo pela casa. É aconselhável que permaneçam num local onde haja uma porta que pode ser fechada durante as sessões.
-Estabeleça uma serie de palavras que ensinar à criança. Antes de começar a sessão, deixe objetos, figurinhas, pictogramas contendo a(s) palavra(s) que quer ensinar, no local. Por exemplo: objetivo: ensinar as partes do corpo humano. No quarto de terapia deixe gravuras de olhos, nariz, boca, e também do corpo humano. Adapte o material de acordo com o estagio de aprendizado em que a criança se encontra.
Quando entrar no quarto, tudo deve estar preparado de antemão, para que o tempo, ali gasto, seja produtivo.
-Se a criança apresentar resistência à terapia, passe mais tempo brincando, fazendo algo do qual ela gosta. Com o tempo, estas brincadeiras irão diminuir e a produtividade do treino de linguagem irá aumentar. Deixe que a criança ganhe confiança no terapeuta (pai, mãe, parente, etc.), no local escolhido como sala/quarto de terapia, no tempo que ali passa, enfim, na nova situação.
Tenha como objetivo fazer com que ele interaja, mesmo que as primeiras sessões sejam só de recreação.

Todos temos uma zona de conforto – termo tão utilizado ultimamente. Para conseguirmos alcançar um objetivo, frequentemente precisamos deixar esta zona de conforto. Com as crianças autistas não é diferente. Elas também podem deixar suas zonas de conforto, ainda que seja um grande desafio.
Pais devem estar atentos `as subtilidades de seus filhos autistas, perguntando-se constantemente se um determinado comportamento pode ou não ser mudado.
Se o autista resiste à terapia – o que é provável, de início -, os pais não devem desistir, tampouco obriga-la. Conquiste a confiança da sua criança. Dê a ela amor, tempo e carinho e descubra do que ela gosta de brincar. Leve isso para o quarto de terapia. Torne o objetivo final (dela vir a falar), secundário. Priorize o contato e a interação, tal que com paciência, disciplina e determinação, a fala venha a tornar-se uma experiência positivo e recompensadora para a criança.


Sites recomendados:



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domingo, 5 de julho de 2015

Sequencia com Fast Food: EUA


Essa atividade foi feita em dezembro do ano passado.
O João Vitor não gosta de lanches "fast food",
mas aceita brincar com a ideia de montar lanche.
Foi então que preparei essa brincadeira
para trabalhar sequencias,
relacionando o alimento ao país..
Foi muito legal!

Eu gosto muito de trabalhar com esponjas.
Não é a primeira vez que brincamos com esse material - 
mas alguns cuidados devem ser tomados, para que a brincadeira flui,
principalmente no que diz respeito a confecção desses materiais: 
por exemplo, para fazer o pão e a carne,
mergulhei círculos de esponja em tinta diluída em água
e aguardei secar...

E somente depois, com o pão e a carne prontos, 
selecionei outros materiais
para servirem de alimentos para compor os lanches...:
- Queijo - feltro na cor amarela cortado em quadrados;
- Alface, papel seda cortado em tirinhas;
- Tomate, pode ser tanto esponja como também EVA;
- Cenoura: Eva cortado na cor alaranjada.

A parte, eu montei algumas sequencias,
como se fossem os pedidos dos clientes...
Como ele não sabe ler, eu colei pedacinhos de cada 
ingrediente que deveria ser acrescentado ao lanche e ao lado escrevi a palavra...
O João Vitor então identificava o ingrediente e na sequencia que aparecia,
montava o lanche...

Foi muito legal!